Jaspion A HQ nacional esquecida do herói que marcou época nos anos 90
Publicação foi criada no Brasil e publicada pela Editora Abril.
Jaspion chegou ao Brasil há exatamente 30 anos e rapidamente tornou-se um fenômeno cultural tão grande que repercute até hoje no país. Entre o final dos anos 80 e início dos anos 90 o público estava louco por qualquer produto envolvendo o herói e não demorou para aparecer os quadrinhos especiais do personagem. Mas, ao contrário do seriado, este não era um produto que vinha de fora. Essa era uma HQ produzida aqui mesmo, com arcos especiais e roteiristas e desenhistas brasileiros.
No final dos anos 80, Jaspion estreou na finada Manchete e atingiu uma popularidade gigantesca no país – fazendo com que uma onda de brinquedos, roupas e os mais variados objetos fossem produzidos para aproveitar a popularidade do herói. Por isso, em 1989, a Editora Brasil-América Latina Limitada (EBAL) conseguiu a autorização da Toei para adaptar histórias de duas das principais séries exibidas pelo canal, Jaspion e Changeman.
As HQs contavam com alguns desenhos e eram basicamente reproduções do seriado, com diversas fotos coloridas e textos simples com as falas dos personagens. Foi quando a Editora Abril comprou os direitos dos heróis e decidiu lançar a revista O Fantástico Jaspion – que mostraria as aventuras inéditas do herói após a vitória sobre Satã Goss.
Publicado em formatinho clássico com páginas coloridas, a publicação tinha os mesmo molde das outras revistas da editora – que na época tinha “apenas” as licenças dos principais heróis do mundo com a Marvel e a DC Comics.
“O Jaspion foi uma tentativa interessante de fazer super-heróis no estilo americano à revelia dos editores da Abril, mas que deu certo e perdurou por um bom tempo depois que deixei o título. A ideia daquele formato foi minha e do meu amigo roteirista Rodrigo de Góes e de Alexandre Nagado”, afirmou o desenhista Aluir Amancio à HQ Maniacs em 2009 – leia a entrevista completa. (O desenhista foi procurado pela redação, mas não respondeu à tempo dessa matéria).
As publicações foram um sucesso na época e, como tinham liberdade para criar, foram produzidos arcos completos, sendo que na primeira edição descobrimos que após a queda de Satã Goss um vilão chamado Nimbus, o Usurpador quer assumir seu lugar como Imperador da Galáxia e que o filho do principal rival do Jaspion no seriado assume a armadura do pai para garantir sua ditadura imperial.
Cheia de reviravoltas, a HQ também tomou algumas liberdades em relação ao personagem principal – tornando o herói um tanto mais “mulherengo” do que no seriado e dando a ele um collant rosa ao invés de sua tradicional calça branca com um colete de couro e luvas.
A HQ durou 12 edições até ser cancelada e passar a ser publicada na revista Heróis da TV, que publicava também histórias de heróis como Changeman, Flashman e outros personagens famosos da Toei – com destaque inclusive para uma luta entre o herói e Spielvan (que ficou conhecido como o Jaspion 2).
Mesmo sem nenhum novo material nos últimos anos, Jaspion continua relevante no Brasil. Tanto é, que a Sato Company confirmou a produção de um filme que será rodado no Brasil estrelado por atores nacionais – leia mais. O herói é tão importante no Brasil quanto no Japão e o quadrinho e, agora, o filme são as maiores provas disso.
Fonte: omelete
Um comentário:
Dos heróis japoneses eu curto muito o Spectreman! ...Força dominante...
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